Cúpula do PSB discute o futuro de Ciro nesta quarta
Ricardo
Stuckert/PR
O governador pernambucano Eduardo Campos, presidente do PSB, desembarca nesta quarta (7) em Brasília.
O governador pernambucano Eduardo Campos, presidente do PSB, desembarca nesta quarta (7) em Brasília.
Sua agenda tem um pedaço
oficial e outro paralelo. No oficial, o governador terá um encontro com o
ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.
No
paralelo, reúne-se com parceiros de direção partidária. Vai à mesa a
‘quase-futura-talvez-quem-sabe’ candidatura presidencial de Ciro Gomes.
Ao
informar sobre o naco semi-oculto da agenda do governador, o
vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, disse que Ciro não tomará parte
da conversa.
Mas o
que diabos pode ser decidido? “Não posso falar agora”, Amaral
desconversou.
Ecoou
uma incerteza que o próprio Eduardo Campos manifestara, há três dias, em
Recife: "A gente não tem nada definido. Tudo é possível".
A
depender da vontade de Lula, Ciro já é um ex-candidato. Para auxiliar o
PSB em sua decisão, o presidente cuidou de isolar seu ex-ministro.
Ciro se
segura como pode. Tomado por declarações que deu ao sítio Jangadeiro Online, o
deputado ainda se considera no páreo:
“Até
maio, a gente resolve essa situação, mas eu continuo e sou candidato a
presidente”. Lamentou que a “mídia nacional” não o esteja levando a
sério.
Perguntou-se
a Ciro se o agastamento com o PT poderia conduzi-lo a uma composição
com o tucano José Serra. E ele: “É mais fácil o boi voar”.
Resta
agora saber o que fará o PSB. As pretendidas parcerias com PDT e PCdoB
foram para o espaço. Os dois partidos aninharam-se no colo de Dilma
Rousseff.
Às
voltas com um projeto avulso, o PSB combinara com Lula que o futuro de
Ciro seria definido em março. Depois, a coisa escorregou para abril.
Agora, Ciro fala em maio.
Para
utilizar a linguagem do candidato, o PSB parece esperar que a galinha
crie dentes para, só então, assumir como sua uma candidatura que, hoje, é
só de Ciro. E de cerca de 12% do eleitorado.