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SESP PROIBE CAMISETAS E MATERIAIS DE TORCIDAS ORGANIZADAS
Uma resolução da Secretaria da Segurança Pública do Paraná
(Sesp-PR), anunciada nesta quinta-feira (4), em acordo com
dirigentes de clubes e Federação Paranaense de Futebol (FPF),
proíbe o uso de camisas, faixas e qualquer material alusivo às torcidas
organizadas em todas as partidas de futebol realizadas no Paraná. A
medida já estará valendo na rodada do fim de semana do Campeonato
Paranaense, e também em partidas de outras competições, como Campeonato
Brasileiro e Copa do Brasil.
"A medida vai proteger aquele bom torcedor que vai ao estádio, para
assistir ao espetáculo e não se incomodar mais com problemas com pessoas
que culpam o espaço não respeitam o torcedor. Eles (organizada) são os
donos de determinados lugares no estádio", explica, por telefone, Amilton
Stival, diretor da Fedaração Paranaense de Futebol (FPF), que
esteve no encontro na sede do Comando do Políciamento da Capital, em
Curitiba.
A FPF irá pedir à Confederação Brasileira de Futebol (CBF)
que avise os clubes de outros estados do país sobre a resolução que
entrará em vigência no Paraná.
Além dessas medidas, a Polícia Militar queria vetar a entrada de
instrumentos das baterias das organizadas. Porém, ficou no meio termo, e
agora as torcidas terão de identificar os responsáveis pelos materiais
para ter acesso ao estádio.
Organizadas protestam
Representantes de torcidas organizadas se manifestaram contrários à
resolução da Sesp. Segundo João Quitéria, diretor da Fúria
Independente, até a viagem programada para Prudentópolis, onde
o Tricolor enfrenta o Serrano, no sábado, está ameaçada. "Não vamos
viajar mais. Já cancelamos a viagem . Com a medida, vai aumentar a
violência porque todo mundo vai estar escondido no anonimato, vai ficar
todo mundo misturado. Como é que será feito um controle? O cara que
gosta de atrapalhar vai continuar freqüentando.
Para o vice-presidente dos Fanáticos, Juliano Rodrigues,
as autoridades precisariam acompanhar de perto o trabalho das torcidas,
antes de tomar as medidas. “Não é dessa maneira que nós vamos resolver o
problema de segurança pública no Estado do Paraná. Eles deveriam ter um
controle maior das nossas associações, deveriam estar por dentro, saber
como é o trabalho das torcidas organizadas”, justificou.
As duas torcidas acreditam que a medida tem ligação direta com o
quebra-quebra no Couto Pereira, em 6 de dezembro do ano passado, quando
torcedores do Coritiba, grande parte membros da Império
Aliverde, partiram para o confronto direto com a polícia. “Com certeza
tem ligação com o que aconteceu no Couto Pereira. Eles estão querendo
generalizar demais”, lembrou Rodrigues. João Quitéria completa: “Aquilo
foi uma situação isolada. Nós trabalhamos sério para ajudar o clube.
Queremos colaborar.”