A DEPUTADA QUE VAI IMPLODIR
BRASÍLIA
Poucos esquecerão as imagens de uma vetusta
senhora, no vídeo, primeiro fechando a porta e depois abrindo a bolsa
para agasalhar montes de dinheiro sujo e oriundo de fontes criminosas.
Era a deputada distrital por Brasília, Eurides Brito, ex-secretária
de Educação do Distrito Federal. Enquanto dois de seus colegas flagrados
em situação semelhante renunciaram aos mandatos para evitar a cassação,
dona Eurides insiste em ser julgada.
Pelo que ela
mesmo informou, presume-se que tenha fortíssima carta na manga, ou na
bolsa, para enfrentar o julgamento. Já falou que recebeu aquela
fortuna porque o então governador, Joaquim Roriz, mandou. Tratava-se,
para ela, de despesas feitas na campanha, em nome do governador,
visando beneficia-lo. Estaria apenas sendo ressarcida, e com atraso.
Caso a deputada
consiga provar a acusação, certamente não se livrará do impeachment, mas
poderá demolir a maior cidadela da lambança brasiliense, evitando mais
uma reeleição de Roriz para o governo local, em outubro. Afinal, o
governador posto na cadeia, José Roberto Arruda, era apenas um dos
aplicados alunos do patriarca do Planalto Central, aquele que renunciou a
uma cadeira no Senado para não ser cassado. E que agora aparece na
televisão dizendo que o Brasil tem que ser “totalmente repensado”.
Livre-nos Deus!
ELES PODEM, NÓS NÃO
A
Secretária de Estado, Hillary Clinton, deixou o Brasil como chegou:
sem convencer o presidente Lula de que precisamos formar na primeira
linha do ataque contra o Irã, defendendo sanções econômicas para
impedir aquele país de continuar suas pesquisas nucleares. Melhor assim,
o alinhamento automático de nosso país com os Estados Unidos é coisa
do passado. E nem, no reverso da medalha, apoiaremos a difusão da bomba
atômica pelo planeta, capaz de um dia desses extinguir a Humanidade.
O problema,
porém, é que os Estados Unidos e muitas outras nações tem seus arsenais
carregados de artefatos nucleares. Até mesmo no Oriente
Médio. Importam menos os argumentos de que procuram defender-se de
agressões de adversários, porque a discussão sobre quem nasceu primeiro,
se o ovo ou a galinha, levou Constantinopla a cair na mão dos turcos.
Se é para evitar a
catástrofe final, melhor que os países ditos nucleares destruíssem
todas as suas bombas atômicas. Como parece mais fácil os elefantes
voarem, melhor que dona Hillary tenha saído frustrada.