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Empresa chama de 'fatalidade' criança arremessada de ônibus em
movimento
A empresa de ônibus Viação Pioneira, de
Brasília, arranjou uma desculpa inacreditável para explicar o fato de
uma criança de sete anos de idade ter sido arremessada do veículo em
movimento, em razão de o motorista haver aberto a porta numa curva
fechada: “ela apenas escorregou das escadas”. Ao contrário do que
sustenta a empresa, o ônibus trafegava em Taguatinga (DF) e o garoto
Raphael Henrique voltava com mais três irmãos da escola do SESI quando o
motorista abriu a porta do ônibus durante uma curva brusca, atirando a
criança na rua, a três metros de distancia. O pai de Raphael, Paulo
Lacerda, conta que o motorista não esperou a polícia chegar e se recusou
a prestar socorro ao menino, que teve o nariz quebrado e escoriações na
cabeça. A Pioneira ainda afirmou que a assistente social procurou a
família, o que foi negado pelo pai de Raphael. Segundo a viação, o
motorista não sofrerá qualquer pena, já que, para a empresa, “o caso foi
uma fatalidade”. Paulo Lacerda registrou boletim de ocorrência 38ª
Delegacia de Polícia Civil do DF.
