COMEÇA JURI DE ACUSADO DE MATAR A MISSIONÁRIO DOROTHY

PAULO MELO CORUJA NEWS....................

Novo julgamento

Sem advogado de defesa, começa júri de acusado de matar Dorothy Stang

Fazendeiro passa pelo terceiro julgamento. Missionária foi assassinada em fevereiro, no Pará
 
G1/Globo.com

O terceiro julgamento do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser mandante da morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, começou na manhã desta segunda-feira (12), em Belém. Segundo o Tribunal de Justiça do Estado do Pará, o advogado de defesa, Eduardo Imbiriba, não compareceu à sessão. O advogado Arnaldo Lopes de Paula apresentou pedido para substituir Imbiriba e adiar o julgamento, mas a solicitação não foi aceita.
O júri estava inicialmente marcado para 31 de março, mas Imbiriba faltou, alegando que aguardava julgamento do habeas-corpus que tramitava no Supremo Tribunal Federal. O juiz Raimundo Moisés Flexa decidiu marcar novo julgamento para esta segunda e designou um defensor público para a defesa. O STF negou o pedido de liberdade na semana passada.
Nesta segunda, o juiz sorteou os jurados (seis mulheres e um homem) e começou a ouvir as testemunhas de acusação.
Terceiro julgamento
Bida foi julgado pela primeira vez em maio de 2007 e condenado a 30 anos de reclusão. Como a pena foi superior a 20 anos, ele teve direito a novo júri. Em maio de 2008, foi absolvido. A acusação recorreu.
Em abril do ano passado, o julgamento foi anulado. O fazendeiro foi preso em fevereiro deste ano, depois de se apresentar à polícia.
Outros três acusados de participação no caso, Rayfran das Neves Sales, Clodoaldo Carlos Batista e Amair Feijoli da Cunha, foram julgados e condenados a penas que variam de 17 a 27 anos de reclusão. Regivaldo Pereira Galvão, que também é réu no processo, deve ser julgado no fim de abril. Ele aguarda julgamento em liberdade.
Crime
A missionária norte-americana Dorothy Stang foi morta a tiros em 12 de fevereiro de 2005, em Anapu (PA). Segundo a Promotoria, a missionária foi assassinada porque defendia a implantação de assentamentos para trabalhadores rurais em terras públicas que eram reivindicadas por fazendeiros e madeireiros da região.