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Receita identifica quem violou sigilo
de Eduardo JorgeNão é preciso esperar o término das eleições – como avisou Otacílio Cartaxo, secretário da Receita Federal – para saber quem violou o sigilo fiscal do ex-ministro de FHC Eduardo Jorge Caldas Pereira, o “EJ”. A Receita já investiga, como suspeita, a analista Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva. Ela foi eleita em 2007 dirigente do Sindireceita, o sindicato nacional da carreira Auditoria da Receita Federal, delegacia de Santo André e São Bernardo (SP), santuário da pátria petista.
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Despiste
Na Câmara, Otacílio Cartaxo disse que houve “cinco ou seis acessos” nas contas de Eduardo Jorge, sugerindo um crime de vários autores.
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Só uma filiada
O delegado sindical José Carlos Fernandes admite que soube “por alto” da acusação a Antonia, mas lembra: ela já não está no Sindireceita.
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Falta contar
Antonia Silva poderá dizer a Otacílio Cartaxo se tudo foi ato aloprado dos amigos de Dilma e, o mais importante, quem a mandou fazer isso.
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Dilma é penta
Dilma Rousseff ganhou a quinta multa na Justiça Eleitoral, no total de 26 mil merrecas. Os políticos gargalham: o crime eleitoral compensa.
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Narcoguerrilheiro confirmou as
relações PT-FarcA “revolta” do PT com acusações de vínculo com os narcoguerrilheiros das Farc foi menor em 31 de julho de 2008, quando a revista colombiana Cambio revelou – e esta coluna mostrou em primeira mão – o conteúdo de 85 e-mails do computador do chefão Raúl Reyes, morto pelo Exército da Colômbia. “Refugiado” político no Brasil, Oliverio Medina, o “padre Camilo”, é o elo que liga as Farc ao governo Lula.
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‘Padre’ especial
Os e-mails do bandidão Raúl Reyes mostravam as tratativas entre autoridades brasileiras e o próprio Lula, para facilitar o asilo a Medina.
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Solução camarada
No facilitado asilo de Medina, sua mulher, Ângela Slongo, foi nomeada por Dilma para a Secretaria de Pesca da Presidência da República.
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Estava, saiu
Lula criou o relacionamento PT-Farc no Foro de São Paulo, em 1990, mas em 2005, teria excluído a guerrilha dos encontros “da esquerda”.
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Filho enjeitado
Candidato ao Senado, o ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM) responde a quem quiser ouvir que não indicou o deputado Indio da Costa para vice de Serra. “Fomos avisados, o que não tira o mérito”.
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Começou
O governo do DF assinou ontem contrato com a Via Engenharia e Andrade Gutierrez, para reforma do estádio Mané Garrincha. Vai gerar 1.500 empregos diretos, os mais caros da História: R$ 700 milhões.
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'Embromation'
O Itamaraty fez ginástica para dar sentido à visita a Brasília de Mourad Medelci, chanceler da Argélia, justificada por um “memorando de entendimento para estabelecer mecanismo de diálogo estratégico”.
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Mudança radical
A ala mais radical do PT – marxista-leninista – sugere mudanças na campanha de Dilma, após os episódios do dossiê contra Serra e do programa “rubricado”. E critica a busca de aceitação da “burguesia”.
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Homem ocupado
É difícil encontrar no emprego o administrador regional do Paranoá (DF), Artur Nogueira. É que não lhe sobra tempo, com os plantões diuturnos no comitê do sobrinho e padrinho, deputado distrital Cristiano Araújo (PTB), em Taguatinga.
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Desconfiança
O Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos e Eletrônicos de Manaus prevê o reaquecimento no fim de agosto, por isso o seu presidente, Wilson Périco, teme quea Infraero não tenha resolvido o gargalo que paralisou a produção do pólo, no primeiro semestre.
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Bala perdida
Um leitor do Rio não entende como a Copa de 2014, com retorno em turismo, repercussão e imagem do Brasil, vai custar R$ 20 bilhões, e o trem-bala Rio-SP, de retorno arriscado, vai custar R$ 34,6 bilhões.
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O Figueiredo voltou
A Ligth avisou que ser difícil impedir o “voo” dos bueiros no Rio, onze desde janeiro, ferindo várias pessoas. A situação para os cariocas lembra a frase do finado presidente Figueiredo: “Que se explodam!”.
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Pensando bem...
...o goleiro Bruno, do Flamengo, adotou a “solução Lula” sobre o serviço sujo dos amigos: “Não sei de nada, não vi nada.”
- Poder sem pudor
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Imprensa e má fama
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), aquele que se enrolou no mensalão, sempre atribuiu a má fama dos políticos à imprensa. Certa vez citou como exemplo o fato de não ter sido ouvido por uma rádio paulista que divulgou um projeto cuja existência ele ignorava, prevendo anistia às multas eleitorais de 2002. A repórter da emissora reagiu na hora:
- Há dois dias estamos tentando falar com o senhor, e nada...
João Paulo sorriu amarelo e silenciou.