GABRIELI VAI DEIXAR A PETROBRÁS

PAULO MELO CORUJA NEWS

Dilma leva combate à obesidade a 5 mil escolas



O Ministério da Saúde programou para março –do dia 5 ao dia 9—uma ofensiva contra a obesidade de crianças e adolescentes. Prevê-se que agentes de saúde visitarão 50 mil escolas públicas assentadas em 2.200 municípios. Estima-se que serão examinados cerca de 11 milhões de alunos com idade entre 5 a 19 anos.
Dilma Rousseff tratou do tema no seu programa radiofônico desta segunda-feira  (Aqui, o áudio). “Queremos envolver também os pais para debater um problema que já afeta 1/5 da população infantil”, disse. “Reduzindo a obesidade infantil, nós vamos prevenir outras doenças que podem ocorrer no futuro, como a hipertensão e a diabetes”.
A última Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE (2008/2009) expôs o tamanho do flagelo: uma em cada três crianças com idade entre 5 e 9 anos exibe peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
O Ministério da Saúde reservou no final do ano passado um pedaço do seu orçamento de 2012 para o programa Saúde na Escola. Vai despejar R$ 108 milhões em 2.271 municípios que aderiram à iniciativa –70% das verbas serão liberadas agora, 30% em dezembro, após a prestação de contas da primeira parcela. Resta saber quanto será efetivamente aplicado e quanto vai engordar os escândalos que costumam tisnar os convênios de Brasília com as prefeituras. tisnam .

Lula e Dilma envernizam o palanque de Haddad




Repete-se sob Dilma Rousseff um fenômeno que marcou a gestão Lula. Quando estão em jogo os interesses eleitorais, o governo tira da bandeira o ‘Ordem e Progresso’. Substitui o lema positivista por outro, mais pragmático: ‘Guerra é Guerra’.
Nesta segunda (23), Dilma converteu o Planato em palanque. Presidiu uma cerimônia de despedida de Fernando Haddad, que deixa a pasta da Educação para mergulhar na campanha municipal de São Paulo. O pretexto foi a milionésima bolsa do ProUni. Dilma aproveitou para tentar vestir um dos calcanhares do neocandidato.
Discursou: “Acho muito importante fazer a defesa do Enem como forma mais democrática de acesso dos jovens ao ensino universitário. É um exemplo da determinação do ministro Fernando Haddad de assegurar uma transformação e uma deselitização do ensino universitário no nosso país.”
Dilma reprometeu para 2013 algo que Haddad prometia há três anos e não cumpriu: a realização de dois exames anuais do Enem: “Nós melhoramos, vamos melhorar ainda mais e vamos ter depois, no ano que vem, duas edições, isso em concordância com o ministro, até por sugestão do ministro.”
Nesta terça (24), Lula deve imprimir suas digitais na operação ‘levanta Haddad’. O ex-soberano programou uma viagem a Brasília. Vai participar da cerimônia de transmissão de cargo de Haddad para Aloizio Mercadante, o novo titular da Educação.
Patrono de Haddad, Lula não dava as caras no Planalto desde que passou a faixa para Dilma. Abre agora uma exceção em meio às sessões diárias de radioterapia. Guerra é guerra.

Dilma agora já pode dizer que controla Petrobras



Presidente do conselho de administração da Petrobras, o ministro Guido Mantega formalizou a indicação de Maria das Graças Foster para a presidência da estatal. Substituirá a José Sergio Gabrielli, que troca as sondas petrolíferas pelas prospecções políticas, na Bahia.
Trazida à luz no final de semana pela repórter Cristiana Lôbo, a mudança foi confirmada nesta segunda (23) pela Petrobras. Com a troca, Dilma mata dois coelhos com uma cajadada.
Livra-se de Gabrielli, um personagem ligado a Lula e idenficado com o grão petê José Dirceu, a quem Dilma mal tolerava. Premia Graça Foster, uma gestora ao seu estilo. A fama de durona rendeu-lhe o apelido. de “Caveirão” –alusão ao veículo blindado que a tropa de elite da PM do Rio usa para subir os morros.
Não fosse pela necessidade de acomodar Antonio Palocci, Graça Fortes teria sido a primeira chefe da Casa Civil de Dilma. Hoje, a sucessora de Lula pode dizer, finalmente, que controla a Petrobras. PT e PMDB, que rateiam os cargos na Petrobras, tremem com a perspectiva de novas mudanças.
Quanto a Gabrielli, o governador baiano Jaques Wagner entragará a ele uma secretaria de Estado. Se tudo correr como planejado, vai às urnas de 2014 como candidato do PT ao governo da Bahia. Não será fácil. Terão de lidar com as ambições de petistas que ambicionam a mesma cadeira.