BRASIL VENCE NO VOLEY, NO BASQUETE E NO FUTEBOL

PAULO MELO CORUJA NEWS


De volta à festa após 16 anos, Brasil abre com vitória 


suada no basquete

Seleção masculina começa nervosa e sofre pressão no fim, mas passa pela Austrália com Leandrinho, Huertas e Varejão puxando o ataque em Londres

Era preciso voltar a ser apenas mais um. Mais um time no bolo, mais um nome na lista, mais um ator no filme que todo mundo quer ver. Sem essa história toda de jejum, pressão, sonho, emoção, nervosismo, o peso de carregar um país inteiro nas costas após 16 anos fora da brincadeira  Bateu a Austrália no sufoco por 75 a 71 e, em vez de se preocupar com a expectativa do retorno, já pode se concentrar no restante da caminhada. Na novíssima arena de Londres, que vista de fora parece um bolo confeitado, a primeira fatia teve sabor de alívio.

Leandrinho na partida de basquete do Brasil contra a Austrália (Foto: Reuters)Leandrinho ajudou a puxar o ataque brasileiro na partida deste domingo, em Londres (Foto: Reuters)
Não que a estreia tenha sido um mar de rosas. O início tenso mergulhou o jogo numa montanha-russa, e os altos e baixos deixaram apreensiva a torcida que se espalhava com camisas amarelas e bandeiras pelas arquibancadas. 
Na volta do intervalo, Magnano mandou Nenê no lugar de Varejão. E deu certo. Com uma bela sequência de três cestas, sem levar nenhuma, a equipe abriu sete. Enquanto o técnico Brett Brown pedia tempo para conter a sangria, Splitter cerrava os punhos no meio da quadra. Era o melhor momento do Brasil no jogo.
Nene e Alex na partida de basquete do Brasil contra a Austrália (Foto: Reuters)Os brasileiros Nenê e Alex disputam bola diante da forte marcação australiana (Foto: Reuters)Com Leandrinho e Huertas puxando o ataque, Magnano continuou revezando Nenê, Splitter e Varejão embaixo da cesta. Sempre com dois jogadores fortes embaixo, a seleção conseguiu segurar a pressão australiana. A vantagem baixou para quatro pontos e animou a torcida a dois minutos do fim. Com 29s no relógio, dois pontos. O drama deu as caras, mas o time manteve a cabeça no lugar para evitar o colapso. Trocando o espetáculo pela consistência, o Brasil precisou de duas horas para aliviar 16 anos de pressão
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