26 MORTES DE RECÉM-NASCIDOS SERÃO INVESTIGADOS NO RS

OUTROS CRIMES EM HOSPITAIS PORTO ALEGRE - O caso da técnica de enfermagem suspeita de sedar 11 recém-nascidos no Hospital da Ulbra , em Canoas, no Rio Grande do Sul, não foi o primeiro a causar terror em hospitais. Médicos e enfermeiros ao redor do mundo já provocaram danos a pacientes por administração criminosa de medicação em hospitais. Rio de Janeiro Em maio de 1999, o auxiliar de enfermagem Edson Izidoro Guimarães assumiu a morte de cinco pacientes do Hospital Municipal Salgado Filho, no Rio de Janeiro. Izidoro aplicava injeções letais de cloreto de potássio ou desligava aparelhos essenciais para a manutenção da vida de pacientes terminais. Nos plantões de Izidoro, morreu a maioria das pessoas internadas - foram 131 mortes de um total de 225. Benghazi, Líbia Nos anos 90, cinco enfermeiras búlgaras e um médico palestino foram acusados de infectar cerca de 438 crianças com o vírus da Aids. As sentenças ignoram a perícia de uma equipe de especialistas internacionais, que garante que a epidemia de Aids já existia no hospital antes da chegada dos acusados. O Alto Conselho de Justiça da Líbia comutou as penas capitais para prisão perpétua, depois de as famílias das crianças receberem US$ 1 milhão de indenização. Áustria Entre 1983 e 1989, quatro enfermeiras mataram pelo menos 42 pacientes idosos do Hospital Lainz, em Viena. Elas aplicaram doses letais de substâncias usadas no tratamento de diabetes e insônia. Waltraud Wagner, Maria Gruber, Irene Leidolf e Stefanija Mayer foram condenadas - duas (Waltraud e Irene) a prisão perpétua e as outras a penas de 20 e 15 anos de cadeia. Suíça Considerado culpado do assassinato de 22 idosos entre 1995 e 2001, o enfermeiro de 37 anos, Roger Andermatt, apelidado de o "anjo da morte", foi condenado à prisão perpétua. As vítimas morreram por asfixia e envenenamento, tinham entre 66 e 95 anos e sofriam de demência senil. Todos recebiam cuidados médicos em diferentes centros de saúde dos cantões suíços de Lucerna, Obwald e Schwitz. Reino Unido O médico britânico Harold Shipman, conhecido como Dr. Morte, matou pelo menos 215 pessoas entre 1975, (quando começou a exercer a medicina), e 1998, quando foi preso. A polícia acredita que as vítimas possam chegar à casa de 260. Ele dava doses cavalares de morfina ou heroína aos pacientes, em sua maioria mulheres idosas, e depois declarava que a morte havia sido causada por problemas cardíacos. O médico se enforcou na cela da prisão onde cumpria pena de prisão perpétua.