AS MÚMIAS JÁ SOFRIAM DO CORAÇÃO...

Múmias de 3.500 anos já sofriam de problemas do coração, diz estudo Pesquisadores americanos analisaram 20 corpos do Museu de Antiguidades Egípcias, no Cairo, e descobriram que as doenças cardíacas não são exclusividade do mundo moderno Pesquisadores americanos descobriram que os antigos egípcios já sofriam de problemas relacionados ao coração. A descoberta indica que o estresse da vida moderna e os hábitos de alimentação da população podem não ser os únicos fatores de riscos das doenças cardíacas. O estudo foi publicado nesta quarta-feira (18), no "The Journal of the American Medical Association" (JAMA), dos Estados Unidos. A pesquisa foi comandada por Randall Thompson, professor de medicina do Mid America Heart Institute. Segundo Thompson, os resultados mostram que problemas do coração não são exclusividade do homem moderno. “O aumento do consumo de fast-food, o tabagismo e a falta de exercício não são as únicas razões que causam o entupimento das artérias", diz. Para chegar a essa conclusão, Thompson e sua equipe examinaram minuciosamente 20 múmias de 3.500 anos do Museu de Antiguidades Egípcias, no Cairo. Foram usados exames de tomografia computadorizada para que os médicos pudessem analisar as condições dos tecidos do coração. Sinais de aterosclerose – como o acúmulo de gordura, colesterol, cálcio e outras substâncias nas paredes internas dos vasos sanguíneos– foram descobertos em sete das oito múmias que morreram com idade estimada em 45 anos ou mais. Não houve diferença na calcificação entre homens e mulheres. De acordo com os pesquisadores, entre o grupo de esqueletos analisados, a mais antiga múmia com aterosclerose morreu entre 1570 a.C. e 1530 a.C. "Fomos surpreendidos pela aparência similar de calcificação vascular nas múmias com as que diagnosticamos atualmente", disse o pesquisador Michael Miyamoto, da Universidade da Califórnia, em San Diego. "Talvez o desenvolvimento de aterosclerose é uma parte do ser humano”, diz.