QUEIMOU O UNIFORME, COM OUTRA CALÇA NÃO PODE ENTRAR NA ESCOLA

PAULO MELO CORUJA NEWS


Aluno queima uniforme, veste outra calça e é 


impedido de entrar na escola

Ele contou que foi ofendido pelos colegas quando apareceu de calça jeans.
Caso aconteceu em Almirante Tamandaré, na Grande Curitiba.

Adriana JustiDo G1 PR
Um estudante de onze anos foi impedido de entrar na escola porque estava sem o uniforme completo. O caso aconteceu na Escola Estadual Pedro Piekas, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba. O garoto contou, em entrevista à RPC TV, que ficou sem o uniforme depois de tentar passar a roupa em casa. Sem experiência, ele acabou queimando e estragando a calça.
Willian Deodolindo explicou ainda que depois do problema, ele procurou a escola junto com a irmã maus velha e disse a uma das funcionárias o que tinha acontecido. Nesse dia, ele acabou sendo autorizado a entrar,  mas no dia seguinte foi barrado.
Eles falavam que minha camiseta era ridícula. Que eu estava usando coisa de pobre e que eu não tinha dinheiro para comprar o uniforme"
Willian Deodolindo, estudante
A mãe Maria Cristina Zeferino contou ao G1 que Willian ficou três dias sem ir para a aula porque ficou com medo de ser barrado novamente. "Ele disse que os colegas de classe ficavam tirando sarro e perguntando porque ele tinha ido para a aula de calça jeans".
"Eles falavam que minha camiseta era ridícula. Que eu estava usando coisa de pobre e que eu não tinha dinheiro para comprar o uniforme", relatou o estudante.
A medida adotada pela escola fere o artigo 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente - "a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes igualdade de condições para o acesso e permanência na escola".
O diretor Edilson Stencel  disse que não é procedimento da instituição barrar os alunos. "Esse caso pode ter sido um caso que passou. Houve um erro da escola. Nós vamos chamar o aluno e os pais para esclarecer o que aconteceu".
Maria Cristina contou ainda que o que mais revoltou foi a questão de terem deixado o menino voltar sozinho para casa. "Eu fiquei com medo. Ele sempre costuma voltar para casa com os colegas, e no dia que foi barrado precisou voltar sozinho. Espero que a escola nunca mais haja dessa forma. Meu filho não fez nada de errado, só queria estudar".
O garoto já conseguiu o uniforme através de uma doação.