ANDRÉ VARGAS EMPREGOU 2 IRMÃOS NA ASSEMBLÉIA

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Nepotismo

André Vargas empregou dois irmãos na Assembleia Legislativa

  Fábio Silveira

O hoje deputado federal André Vargas (PT) teve dois irmãos trabalhando na Assembleia Legislativa, na época em que o petista cumpriu mandato na Casa, na Legislatura 2003-2006: Loester Vargas Ilario e Leon Denis Vargas Ilário. Loester trabalhou no gabinete do deputado. Nos diários a que a Gazeta do Povo e a RPC TV tiveram acesso, ele aparece com exonerações na edição 67, de 4 de agosto de 2004 e na edição “avulsa” do dia 30 de junho de 2006. Quando dessas duas movimentações, ele estava lotado no gabinete do irmão deputado.
Outra “aparição”, dessa vez como “provimento” (contratação), acontece na edição número 30, de 17 de abril de 2007. Dessa feita, lotado no gabinete da administração, uma diretoria que no organograma aparece logo abaixo da diretoria geral. Na oportunidade, Vargas já exercia o mandato de deputado federal.
O petista disse que Loester trabalha atualmente na Companhia de Desenvolvimento da Prefeitura de São José dos Pinhais e que não tem relação com a nomeação do seu irmão. Loester foi procurado na tarde de quinta-feira pela reportagem do JL, mas não foi localizado.
O outro irmão de Vargas, Leon Dênis Vargas Ilario, aparece no diário avulso de 31 de março do ano passado, no qual foram divulgados os nomes de todos os assessores da AL. Segundo Vargas, Leon morava no exterior. Voltou ao Brasil no final de 2008 e no começo do ano seguinte já trabalhava na AL. “Ele recebeu um convite do (deputado) Alexandre Curi (PMDB) e foi trabalhar. Ele tem o direito de trabalhar”, explicou o petista. Curi é o primeiro secretário da Casa.
Vargas nega que tenha feito “nepotismo cruzado” (contrata um parente de outro deputado, enquanto esse deputado contrata um parente seu), uma “nova modalidade” da prática. “Não emprego parente de ninguém que seja deputado estadual”, declarou. O hoje deputado federal, disse não ver problemas na contratação de parentes antes de 2006, quando a AL começou a discutir leis sobre o nepotismo. “Como deputado federal tomei a decisão de não ter nenhuma familiar no meu gabinete”, afirmou.
Apesar de negar qualquer influência na contratação do irmão por um membro da Mesa, Vargas elogia a política de “transparência” da gestão do atual presidente, Nelson Justus (DEM), que é alvo de questionamento geral. “A bancada do PT sempre cobrou isso e o presidente Justus implantou [medidas de transparência como] painel eletrônico, TV sinal e foram publicados na internet os nomes das pessoas [que trabalham na AL]”, argumentou. Segundo ele, a transparência é um processo de acúmulo.