Câmara-DF se apressa para eleger sucessor de Arruda
Deputados decidem que até 17 de abril vão
eleger novo governador
Agência
Estado
Se a eleição indireta ocorrer, poderão participar cidadãos filiados a algum partido político, registrados em cartório eleitoral do DF, ter mais de 30 anos, entre outros requisitos que estão sendo definidos de acordo com a legislação eleitoral. A decisão da Câmara é cumprir a Constituição, que determina eleições indiretas em situação como a da saída de Arruda do cargo. Nos próximos dias, os deputados vão decidir datas de inscrição de candidaturas, realização de debates, entre outras coisas. O prazo até 17 de abril refere-se aos 30 dias exigidos para a realização da eleição a partir da notificação da perda de mandato, o que ocorreu na quinta-feira.
A defesa de Arruda decide neste fim de semana o conteúdo dos recursos que podem ser apresentados ao TSE contra a cassação imposta pelo tribunal regional por infidelidade partidária. Um caminho é quase certo: pedir a anulação da punição. A dúvida é se será solicitada ou não a permanência de Arruda no cargo de governador durante a apreciação do caso. É que a defesa avalia ainda se o caráter de "governador cassado" ajuda ou não a convencer o Superior Tribunal de Justiça (STJ) a soltá-lo. Nesse raciocínio, pesa ainda possibilidade de suspensão do processo de impeachment que ele sofre na Câmara.
Depois de passar uma noite no hospital, Arruda retornou hoje para a cela da Polícia Federal, onde está preso desde 11 de fevereiro. Seus advogados não conseguiram autorização da Justiça para ele ficar internado até semana que vem, quando deve ser julgado o pedido de prisão domiciliar feito ao ministro Fernando Gonçalves, relator do inquérito no STJ sobre o esquema de corrupção no DF. Arruda passou por um cateterismo, exame que detectou uma lesão numa artéria do coração. O ministro Fernando Gonçalves alegou, no entanto, ausência de justificativa para mantê-lo numa espécie de "prisão médica