TCU ESTUDA RESTRIÇÃO A PATROCÍNIOS DE ESTATAIS

PAULO MELO CORUJA NEWS
CH

TCU estuda restrição a patrocínios de estatais

Sob denúncias enrolando ministros em farras de diárias e pagamentos por palestras, o Tribunal de Contas da União tenta voltar ao noticiário positivo. Estuda restringir ou mesmo proibir o financiamento ou o patrocínio de órgãos públicos e de empresas estatais para eventos e obras culturais. Sem licitação, os repasses somam valores milionários. Na mira, entre outras, os patrocínios da Petrobras à “cumpanheirada”.

Elogio à mediocridade

Assim como Petrobras banca filmes de má qualidade, a Infraero, por exemplo, financia escritores sem talento. E contribuinte paga a conta.

A conta é nossa

Os gastos com ONGs, patrocínios, festas e congressos da Petrobras durante doze meses, entre 2008 e 2009, chegaram a R$ 609 milhões.

Vale-tudo

As cinco maiores estatais doaram, juntas, R$ 7,4 milhões para as festas de 1º de Maio das centrais sindicais entre 2006 e 2010.

Paciência

Nossos leitores sabem desde 23 de janeiro o que jornalões noticiam: Marcos, enteado de Lula, não devolveu seu passaporte diplomático.

DF: estacionamento da Infraero nega nota fiscal a cliente

Incompetente na gestão e incapaz de reformar aeroportos, a estatal Infraero é acusada de favorecer a sonegação de impostos. A empresa Info Park Estacionamento e Sistemas, que explora o estacionamento do aeroporto de Brasília e cobra valores extorsivos, se recusa a emitir nota fiscal. Explica que é “terceirizada” e não emite nota fiscal “porque representamos a Infraero”. A estatal se declara isenta de impostos.

Exploração

Recusaram ao advogado Flávio Schegerin Ribeiro a nota fiscal por R$ 41 da diária no estacionamento no DF. Em Porto Alegre, custa R$ 20.

Investigação

A Delegacia de Crimes Contra Ordem Tributária já investiga a suposta sonegação de impostos na Infraero.

Posse no Sebrae

Ex-ministro do Turismo no governo Lula, Luiz Barretto assume nesta quarta-feira (9) presidência do Sebrae Nacional.

Contágio

A ligação ao deputado Eduardo Cunha (RJ) custa muito caro ao líder do PMDB, Henrique Alves (RN). O grupo “Afirmação Democrática”, com quinze deputados do partido, também questiona a liderança dele.

Bela presepada

Tinha de tudo no protesto contra a usina hidrelétrica de Belo Monte, ontem: de estudantes e índios ingênuos a ecopicaretas e ONGs estrangeiras que querem o governo federal bem longe da Amazônia.

Palpiteiro

O ex-ministro José Goldenberg disse ontem ter “a impressão” de que apagões decorrem da “falta de manutenção”. Já se foi o tempo em que cientistas falavam quando tinham certeza e não apenas “impressão”.

Pé-de-ouvido

Dilma não gosta de factóides, como Lula, mas mantém uma rotina de conversas em “off” com jornalistas, que assumem o compromisso de não citá-la como fonte. Se na agenda oficial consta “ministra Helena Chagas”, é sinal de conversa reservada da presidenta com jornalistas.

Nova diretora

Doris Romariz deverá assumir o cargo de diretora-geral do Senado. Atual diretora de Recursos Humanos, ela foi chefe gabinete da ex-senadora Roseana Sarney e tem reputação de profissional qualificada.

Ditamole

É o velho estilo petista de passar a mão na cabeça: o governo Dilma não vai protestar oficialmente contra os maus-tratos a três brasileiros porque o governo do Egito pediu desculpas. Nasce o Mubarakloprado.

Extreme makeover

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) deu um tapa no visual, ontem, no salão Hélio, de Brasília. Vestia tailleur verde-perua, brilhante. Fez corte e escova, investiu pesado na maquiagem idem e pintou as unhas.

Pavimentação

José Pedro Vieira Costa, ex-prefeito de Major Izidoro (AL), assumiu no Rio a presidência da Associação Brasileira de Pavimentação. Esteve na posse outro alagoano ilustre, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

Pensando bem...

Antes, era “o último a sair apague a luz”. Agora, o Brasil apaga para nós.

Poder sem pudor

Que maravilha viver...

Foto Os fãs do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, não escondem a admiração nem mesmo nos autos. Certa vez, em um habeas corpus, o advogado paulista Luiz Carlos de Oliveira não economizou elogios à capacidade e ao “elevado senso de justiça” do ministro. E completou: - Como dizia o poeta, “Ah, se todos fossem iguais a você”... O advogado levou sorte: o habeas corpus foi concedido pela unanimidade dos ministros.